sexta-feira, 1 de julho de 2011

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

MATERIAL DE GRAÇA!

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Exemplos de sucesso



Talvez você não saiba, mas muitos autores consagrados começaram publicando seus próprios livros (e para alguns o mercado independente foi tão bom que eles dispensaram editoras e continuaram a publicar seus livros).

Veja abaixo alguns exemplos:


Apoio da família – O livro Eragon foi traduzido para dezenas de idiomas, virou filme e videogame. Mas tudo começou com uma boa idéia é muita vontade. Os pais do autor, Christopher Paolini, então com 19 anos, imprimiram 10 mil cópias do livro e organizaram para que ele fosse a 135 colégios, bibliotecas e eventos ao redor dos EUA. Em um desses colégios, um garoto comprou o livro e o deu para o padrasto, um escritor. Fascinado com a história, o escritor falou com o seu agente e em pouco tempo Christopher estava assinando um contrato com uma das maiores editoras do país. E tudo começou com a persistência para ir em todas os 135 locais fantasiado como personagens do livro.

Novos espaços - Arthur Agatston, autor do livro A Dieta de South Beach, começou publicando folhetinhos com algumas de suas dietas. Aos poucos as pessoas foram conversando sobre os panfletos e eles acabaram nas mãoes de um produtor de uma pequena TV local, que o convidou para um entrevista. Devido a grande aceitação do público, a emissora ofereceu a ele um programa diário sobre dietas. Depois, muitos supermercados solicitaram que ele fizesse refeições baseadas em sua dieta e não faltaram editoras para o seu livro, inclusive no Brasil.

Conheça o seu público – André Vianco recebeu um dinheiro do FGTS e decidiu usá-lo para imprimir 1.000 cópias de seu primeiro livro no ano de 2000. Com muita vontade, começou a distribuir o livro em livrarias e entrar em contato com editoras. Em 2001 a editora Novo Século se interessou pelo trabalho e publicou. Desde então, foram mais de 10 livros publicados e o reconhecimento do público que adora histórias de vampiros.

Exemplos de sucesso

Talvez você não saiba, mas muitos autores consagrados começaram publicando seus próprios livros (e para alguns o mercado independente foi tão bom que eles dispensaram editoras e continuaram a publicar seus livros).

Veja abaixo alguns exemplos:

Apoio da família – O livro Eragon foi traduzido para dezenas de idiomas, virou filme e videogame. Mas tudo começou com uma boa idéia é muita vontade. Os pais do autor, Christopher Paolini, então com 19 anos, imprimiram 10 mil cópias do livro e organizaram para que ele fosse a 135 colégios, bibliotecas e eventos ao redor dos EUA. Em um desses colégios, um garoto comprou o livro e o deu para o padrasto, um escritor. Fascinado com a história, o escritor falou com o seu agente e em pouco tempo Christopher estava assinando um contrato com uma das maiores editoras do país. E tudo começou com a persistência para ir em todas os 135 locais fantasiado como personagens do livro.

Novos espaços - Arthur Agatston, autor do livro A Dieta de South Beach, começou publicando folhetinhos com algumas de suas dietas. Aos poucos as pessoas foram conversando sobre os panfletos e eles acabaram nas mãoes de um produtor de uma pequena TV local, que o convidou para um entrevista. Devido a grande aceitação do público, a emissora ofereceu a ele um programa diário sobre dietas. Depois, muitos supermercados solicitaram que ele fizesse refeições baseadas em sua dieta e não faltaram editoras para o seu livro, inclusive no Brasil.

Conheça o seu público – André Vianco recebeu um dinheiro do FGTS e decidiu usá-lo para imprimir 1.000 cópias de seu primeiro livro no ano de 2000. Com muita vontade, começou a distribuir o livro em livrarias e entrar em contato com editoras. Em 2001 a editora Novo Século se interessou pelo trabalho e publicou. Desde então, foram mais de 10 livros publicados e o reconhecimento do público que adora histórias de vampiros.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

3º PASSO– FORMATAÇÃO

Formatação do texto

Uma tarefa da qual nenhum escritor sério pode fugir é a de reler incessantemente o texto. Sempre haverá um erro, uma passagem que pode ser melhorada, um detalhe a ser corrigido. James Joyce, por exemplo, relia os seus textos obsessivamente. Ele levou 7 anos para escrever Ulisses. Quando o livro saiu da gráfica, no entanto, foram encontrados cerca de 19 erros por páginas (muito devido à forma de impressão usada na época).

Atualmente o computador, o tipo de impressão e uma série de outros fatores reduzem muito o número de erros de um livro, mas ainda assim a releitura do autor é vital. Releia até o seu limite. Esse é o seu dever. Isso não quer dizer que o seu texto não terá nenhum erro após a vigésima leitura, mas cabe a você, principalmente por ser um autor independente, ler o máximo possível e com o máximo de atenção, fazer de tudo para que não haja muitas falhas.

Depois da releitura, a formatação do texto pode ser dividida em 2 partes:

  • edição

  • revisão gramatical e ortográfica

Edição

significa analisar se a história está coerente, se a narrativa tem lógica, se não existe algum erro (personagem morto reaparece na trama, passagens sem explicação), verificar se o autor soube expressar o que ele quis dizer. No caso de poesia essa análise é mais tênue devido ao caráter inovador da poesia, criando novas relações sintáticas, palavras, arranjamento no papel... ainda assim é válido para o poeta ouvir as reações das pessoas e voltar ao texto. A revisão pode ser feita: por você mesmo; por um profissional; ou por um público não especializado, como amigos. Esta última opção tem algumas grandes desvantagens, como a inexperiência, falta de habilidade para transmitir e detectar certas falhas.

Muitos autores conhecidos optam por terem editores trabalhando com eles, como Salman Rushdie, que já afirmou que deve muito aos seus editores, outros, no entanto, não aceitam mudar uma letra. Em geral, livros de grandes editoras sofrem edições, boas ou não.

A edição profissional é, em geral, cara, e o retorno pode ser frustrante para alguns.

Cabe nesse ponto avaliar as suas opções. Se você tem algum contato com pessoas ligadas a literatura, talvez possa pedir ajudar, colocando um agradecimento no livro. Um aspecto positivo da publicação independente, e da arte em geral, é que ela tem o poder de gerar uma simpatia que vai além do mero aspecto econômico. Ou seja, não é difícil encontrar pessoas que poderiam ajudá-lo sem nenhum custo. Não custa tentar.

Em geral, autores com pouca experiência precisam dos serviços de um editor. Autores mais experientes podem sentir que essa ajuda seja menos importante.

Na hora de contratar um profissional, procure suas referências, trabalhos já realizados por ele, explique em detalhes a proposta do seu livro e aponte aquelas passagens que você não está certo.

Revisão gramatical e ortográfica

É aconselhável que seja feita por um profissional, mas se o autor for capaz, poderá fazê-la. Uma opção mais em conta é procurar estudantes universitários de letras (indicados por professores). A maior desvantagem de se contratar um serviço é trabalhar com pessoas que você não conhece bem, sendo difícil saber o quão boa foi a revisão, e se foi feita com cuidado. Novamente, procure por referências caso contrate alguém.

A revisão gramatical e ortográfica deve ser feita após a revisão do conteúdo. Ela é o último passo da formatação do texto. A partir daí, você começará a cuidar de como o seu arquivo irá se transformar em um livro.


Formatação física do livro


Agora você decidirá qual será o tamanho do seu livro, tipo da folha, tamanho do texto em cada página, fonte da letra entre outros. Os principais tópicos da formatação física do livro são:


Fonte

Tamanho do livro

Tamanho do Texto

Papel

Programas de Edição - Diagramação

Colagem

Arte

Capa

Acabamento

Tiragem

Revisão De Provas

Fonte

A fonte de um livro é algo sobre o qual todo autor deve se preocupar. Mas não se preocupar demais. Você só tem que saber algumas coisas essências:

Existem dois tipos de fontes, as com serifa e as sem serifa.

Esse é um tipo de fonte sem serifa, e esse é um tipo de fonte com serifa.

A serifa são essas curvinhas na letra, repare bem. A diferença é que as fontes com serifa permitem uma leitura mais fluida. Então, para textos impressos longos, prefira fontes com serifa.

Outra coisa é importante: evite os extremos (eu sei que já falei isso, mas vale a pena lembrar). Uma fonte banal como a Arial ou Times New Roman não é atraente. Estamos cansados de vê-las em jornais, revistas, Internet, currículos, cartas.... tente algo novo, porém... não caia no extremo. Não use fontes rebuscadas demais, como góticas, em estilo árabe ou que imitam escrita a mão. Ler um texto longo com fontes assim é uma verdadeira tortura e não gera nenhuma simpatia nos seus leitores. O melhor é escolher uma fonte similar a garamond, times, goudy, sabon... pois elas são de fácil leitura e por serem similares a fontes largamente usadas os leitores estão familiarizados com sua forma (tornando a leitura mais rápida), além de dar uma boa apresentação para o seu livro.

Uma boa forma de encontrar a fonte ideal para o seu livro é dar uma olhada em outros livros do mesmo gênero que o seu. Em alguns consta a fonte usada na última página do livro. Caso não tenha, tente memorizar e depois visite um site para encontrar uma que seja similar.

O site www.dafont.com é provavelmente o site de fontes mais popular do mundo. No tema SERIF você encontrará centenas de fontes de fácil leitura e que se aproximam da convencional Times.

Para textos na Internet, as fontes sem serifa (como Arial) são as mais indicadas. Ainda não se sabe a razão, mas em uma pesquisa feita por Dr. Ralph F. Wilson, um consultor de negócios, mostrou que quase 2 em cada 3 pessoas preferem ler um texto em Arial (sem serifa) do que em Times New Roman (com serifa) na Internet. Ele notou também que a fonte Verdana é a mais indicada para textos pequenos.

Existem ainda algumas pequenas questões quanto a fonte que usar, como o tamanho. O padrão é a Times New Roman 12. Menor do que isso a leitura fica um pouco prejudicada. Um tamanho 12,5 ou até 13 é ainda bom. Se o seu livro se destinar a crianças ou a um público mais velho, você pode até pensar em usar 13,5 ou 14, ainda que 13 com um espaçamento 1,5 ou superior já será o suficiente.

Como os tamanhos das fontes não são padronizados (Arial 10, por exemplo, é maior do que a Times New Roman 10, que é maior do que a Verdana 10) compare a sua fonte com a Times 12 e encontre o tamanho apropriado.

A última coisa: use apenas uma fonte no do seu livro. Tudo bem se a capa tiver outra fonte, mas no interior use apenas uma. Isso melhora em muito o visual do livro, o que é vital quando se quer trabalhar com livrarias e distribuidores, e facilita a leitura.

Tamanho do livro

A impressão padrão é de 14 x 21cm, que é a mais econômica. A desvantagem é que o seu livro possa ser muito comum. Às vezes um pequeno redimensionamento pode dar um aspecto mais interessante e sem ser tão caro. Quando fizer o orçamento, você pode pedir formatações diferentes para ver a diferença de custo.

Fique atento à colagem do livro, em especial se o seu livro tem mais de 150 páginas. Mesmo algumas editoras grandes têm uma péssima colagem, o que desvaloriza muito o seu livro e deixa o consumidor irritado quando as páginas do livro novo começam a cair. A mais comum é a hot melt (cola quente), ainda que a costura seja mais indicada para livros com mais páginas.


continua em breve... qualquer dúvida me mande um @



lance


Sociedade Mutante

Autores de livros independente, seguindo o que músicos independente já têm feito há alguns anos, estão encontrando maneiras alternativas de difundir suas obras. A Internet (ainda que poucos explorem seu real potencial, quanto mais autores independente) é certamente um grande veiculo nessa tentativa de levar ao público obras que não fazem parte das campanhas de massificação do grande circuito. Uma idéia muito interessante surgiu de um grupo de escritores que montaram um blog que tem como objetivo ser um catálogo de autores independentes (isso foi o que eu entendi, mas se quiser formar sua própria opinião, entre no link logo abaixo).

A idéia por si só já é interessante. Além disso, o blog é bem estruturado, agradável de se ler e há um grande espaço para os autores. São colocadas a biografia, obras, muitas fotos, resumo, descrição pessoal, contatos... enfim, tudo que pode interessar cansado da servir as maquinações da mídia. O blog é Sociedade Mutante www.sociedademutuante.blogspot.com

É importante que autores independentes tenham atitude e apóiem idéias como essa. Não custa nada comentar com amigos, ou mesmo arriscar comprar um livro que quer nos convencer pelo seu conteúdo, e não pelas bocas vorazes da mídia que mastigam nossos olhos, pensamentos e gostos. Espero que esse blog cresça imensamente e possa ser uma alternativa às livrarias com seus preços exorbitantes e livros enlatados.

n. lance

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Publicando um Livro




Existem 3 aspectos problemáticos em se publicar um livro independente (no ambito da pré-produção, ou pré-impressão, ou seja, na preparação do material para ser enviado para gráfica).

Para os 3 a melhor opção é contratar um profissional. Se você nao tem muitas ambições com o seu livro, talvez possa fazer você mesmo, mas se quiser um livro com qualidade, recomendo um profissional.

Essas 3 pedras no sapato são:

Revisão gramatical/ortográfica
Diagramação
Capa/arte

Para a revisão (e antes de mandar revisar, cabe a você ler e reler ao máximo) sugiro os serviços da Taís Ferreira, contato no blog dela, www.cinejornalismoempauta.blogspot.com

O diagramador vai além de deixar o seu texto em um formato adequado (margens, numeração, tamanho do livro/texto, espaçamentos...) vai transformar o seu arquivo do word em um pdf, o que é vital para a gráfica. O melhor serviço que posso indicar é de Dovale, veja o site dele para contatos e trabalhos www.dovale.net

A capa é o primeiro contato com o livro, é a porta de entrada, e no mundo da imagem, ela deve ser atraente. e não só isso, precisa ter qualidade (a imagem nao pode estar estourada, tem que margem, sangria, calcular a lombada, escolher um bom papel, acabamento...) novamente sugiro o trabalho de dovale, provavelmente o melhor capista independente do momento. www.dovale.net

E não desista do seu livro


por n lance, autor de Conexões

terça-feira, 29 de abril de 2008

Dicas Para Autores Independentes


Muitos escritores se vêem em um dilema assim que terminar o seu livro. Alguns, vivem isso antes mesmo de começar: publicar por uma editora ou publicar independente?

Listei aqui algumas vantagens e desvantagens de cada modo; é um resumo, aos poucos vou postando mais artigos sobre o assunto. Confira também no canto direito o link “Matérias para autores independentes” ele direciona a um blog com muitos artigos sobre publicação de livros.

Publicar por editora (forma tradicional):

Desvantagens:

  • Devido a estrutura do mercado, à mentalidade das editoras, ao público que, em parte, não é aberto a novos autores, e a uma série de fatores, é muito difícil para o autor iniciante ou pouco conhecido ser publicado por uma grande editora. As chances aumentam o pouco quando se vai para médias e pequenas editoras, ainda assim as chances são pequenas. Dependerá em muito de ter um contato. Lamentavelmente a maioria dos livros não são publicados por suas qualidades, muitos não são nem mesmo publicados por seu valor comercial, mas por simples coleguismo, influencia, troca de favores e toda esse imundice que é comum em todas as áreas do Brasil. Não fosse assim, quem no mundo publicaria a biografia do Roberto Marinho, livros do José Sarney, auto-biografia do Henry Sobel etc...

  • Um grande investimento pode fazer qualquer produto (e no mercado livro é apenas mais um produto) se ter uma boa venda. Vide a lista dos bestsellers. Por outro lado, raramente um livro, não importa quão bom ou quão comercial ele seja, terá êxito sem um investimento real. E as editoras realmente investem em 2, 3 livros por ANO. Algumas vezes um único título se torna o carro chefe de um semestre inteiro. As chances que o seu livro seja um deles é muito pequena, em especial por que em geral eles são livros estrangeiros. Então, pode acontecer de um editora publicar o seu livro e ele ser um fracasso de vendas simplesmente porque não ouve investimento. Um exemplo, Paulo Coelho publicou o seu primeiro livro, Diário de um Mago, por um editora pequena, e foi um fracasso de vendas. Não chegou às 900 cópias vendidas (e isso para alguém que tinha sido parceiro do Raul Seixas, feito diversas músicas, letras, e era relativamente conhecido). Então ele mudou para um editora maior, Raul Seixas morre, ele lança o segundo livro que vende milhões. Nada é por acaso.

  • Apesar das editoras polidamente afirmarem que lêem todos os originais, veja alguns números:

Companhia das Letras – recebe cerca de 100 originais por mês

Rocco - 40 a 80

Objetiva - 640 em 1996, hoje certamente este número é muito maior

Record - 100

As editoras, que ainda trabalham com o antiquado sistema de ler todo o original, ao invés de pedir somente o resumo com 3 primeiros capítulos, teriam que ter um departamento só para ler os originais. E eles não têm, claro. Até mesmo porque os livros recebidos para análise além de não serem lidos não serão publicados. As editoras não investem em autores iniciantes ou pouco conhecidos. A Record, por exemplo, que publica cerca de 450 títulos por ano, nos últimos 12 anos publicou apenas 2 originais recebidos pelo correio. Se você quer publicar por uma editora, pense em uma alternativa, faça contatos, construa relações ao invés de esperar por uma resposta que nunca virá.

  • O autor tem pouca autonomia na produção do livro. O texto é editado, às vezes o seu próprio nome, capa, imagem, forma de divulgar... tudo é definido pela editora.

Vantagens:

  • A autora de harry potter, stephen king, Paulo coelho etc... não existiriam como autores independentes.

Uma editora tem um rede de contatos, distribuição e um potencial comercial que nenhum autor ind. pode ter. Isso não quer dizer que elas vão sempre usar esse poder, e só o fazem com alguns títulos devido ao risco, investimento...

  • Se você não quer se preocupar com distribuição, impressão, pré-produção, editoras farão isso

  • Você não investe muito mais do que o seu trabalho.

Publicação Independente

Vantagens:

  • integridade da obra. Ao contrário de quando se publica por uma editora, a sua edição vai sair do jeito que você quer. Ninguém na gráfica sugerir mudanças. O texto é seu, completo e integro.
  • Pode parecer estranho, mas tirando os medalhões do mercado, a publicação ind. pode ser mais interessante para autores. Veja um calculo simples:

Se um livro na loja custa R$ 40,00, por uma editora você ganhará em média entre 5 e 10%, em casos de autores consagrados excepcionalmente 12%. Se você conseguir 7%, será um bom acordo, e sua comissão será de 2,80 por livro.

Se você publicar esse mesmo livro ind., de R$ 40,00 você, se conhecer um pouco sobre como publicar um livro, mercado ind., ganhará pelo menos 75%, ou 30,00. Nesse exemplo, para cada livro q você vende de forma ind. você teria que vender cerca de 12. é uma proporção muito grande. Vender 150 livros de forma ind. é perfeitamente tangível, não precisa ser muito experimentado, tendo um pouco de vontade. Mas vender 1.800 seja por editora ou não, ai já é outra história.

Sem dúvida quando se vende em livrarias essa margem cai bastante, mas ainda assim é muito superior a tradicional.

Alguém poderia dizer que é muito mais fácil vender através de uma editora. Não necessariamente. A primeira tiragem de um livro gira em torno de 2.000, 3.000 cópias. De cada 10 livros publicados por uma grande editora (foi feita uma pesquisa, se alguém quiser posso pegar a fonte) 7 dão prejuízo! 2 cobrem os gasto e só 1 desses dá lucro. Os números são ainda piores se fossemos levar em conta só literatura brasileira, que vende muito menos que estrangeira. Infelizmente, muitos autores brasileiros, alguns até conhecidos, não conseguem vender seus 2 ou 3 mil exemplares iniciais.

· tempo. O processo de seleção, contrato, revisão, edição, pré-impressão... dura em média 2 anos em uma editora. Publicando de forma ind. seu livro pode estar pronto em 3 meses, ou em algumas semanas se você tiver um bom conhecimento de como publicar.

· Direitos autorais serão sempre seus

DESVANTAGENS

· Exige um investimento – tempo, dinheiro (seja seu ou de patrocínios), dedicação e muita vontade para ter êxito.

· É um risco caso todo o investimento saia do seu bolso e do seu calendário

· Você não vai se tornar uma danielle steel publicando de forma ind., mas pode viver de suas criações, existem muitos autores que conseguem isso.

· Conhecimento é muito importante para ter êxito, seja profissional, financeiro ou pessoal. Por isso espero lançar em breve um livro sobre o assunto. Antes de mais nada, todos que trabalham com produção independente (seja do que for) precisam valorizar esse mercado. Há vida do lado de fora das embalagens de plástico.

Existem outras vantagens e desvantagens para cada tipo de publicação, mas acho que as principais estão cobertas. Nos próximos dias falarei sobre impressão sob demanda, como conseguir patrocínio e parcerias com editoras.

Depois dê uma olhada no meu último livro, independente, Conexões. Ele está à venda em várias capitais e pela Internet via Livraria Cultura. No link CONEXÕES, no canto direito, abre uma tela com o link do endereço de todas as livras que está à venda. Está faltando a lista de Recife, mas está nas principais da cidade (cultura, saraiva, imperatriz) 24.04.08

quinta-feira, 20 de março de 2008

Magia

A literatura permite algo único. Viver um outro corpo, uma outra mente, sentir lugares, tocar objetos, ter relações que nunca tivemos. Nos permite mergulhar na mente de um fanático, nos bocejos de um promotor corrupto ou destroçar um cadáver a procura de um fio de ouro que caiu na última refeição do defunto. Podemos pensar como seres inexistentes que habitam lugares irreais e falam línguas que deveriam ser bizarras mas que, por mais que nos esforcemos, ainda soam tão humanas.

Hoje os céus têm limites, as chuvas podem ser previstas, mistérios são desmanchados, a natureza dominada, mas a nossa mente permanece, desde o começo do ser humano, com o inabalável poder de ir sempre além. A literatura, que é uma expressão tão intimista, que nega o contato direto com o público, nos permite explorar os nossos limites pessoais sabendo que ainda estamos longe das suas fronteiras ao entrarmos no íntimo de seres imaginários que poderiam ser reais. Os limites da literatura, na verdade, são os limites do autor e do leitor, da nossa pobreza, da miséria do mundo.

Pessoas movidas por intensa religiosidade sempre me fascinaram, em especial aqueles desconhecidos que ao invés de serem chamados profetas são apenas loucos. Fiquei imaginando como seria entrar na mente de uma delas. Comecei aos poucos. Esse messias que se formava em minha cabeça havia sofrido um trauma; uma operação no cérebro contra sua vontade (lobotomia, implante de eletrodos, operação contra epilepsia... isso deixei para o leitor imaginar):

Natanael ainda se lembrava da operação. A luz forte contra os seus olhos, a agulha da anestesia atravessando a pele, a sonolência, agonia, e, sobretudo, incompreensão.

Não sabia por que estava lá, por que foi tirado da clínica de tratamento, quem eram aquelas pessoas e o que faziam. A última lembrança antes da operação foi de entrar na clínica. Colocaram-no em um quarto, estava cansado, queria dormir apesar de ser dia. Ao lado da cama, dois médicos o esperavam. Deveria ter achado estranho, mas não, provavelmente tinha sido drogado, só queria dormir. Os médicos o levaram até a cama, os sons das vozes deles estavam embaralhados, sem sentido. Ouvia as palavras mas não entendia o significado. Eles o acomodaram na cama, podia jurar que sentiu um deles colocando a mão sobre o seu ombro de maneira fraternal. Então, sentiu como se estivesse revivendo a sua infância, as noites em que a mãe, quando estava sóbria, lhe contava estórias.

Em seguida, flashes. Ainda estava deitado, mas sendo empurrado na maca através do corredor. As luzes eram fortes e tudo era branco. Vozes vinham de todos os lados, barulhos de máquinas, bips, mas nenhuma palavra era dirigida a ele.

Agulhas eram injetadas em suas veias, sentia vontade de vomitar, mas os músculos comprimiam sua garganta. Mais uma injeção e veio a escuridão. A anestesia paralisou todos os sentidos, mas por pouco tempo. Quando estava no meio da operação, abriu os olhos. Pelo reflexo no metal dos aparelhos, viu uma abertura no seu crânio, viu parte da massa encefálica.

‘O paciente acordou!’ Disse a enfermeira.

‘Aplique mais anestesia! Falei para manter controle dos...’

Tentou falar, mover-se, mas se sentia em um sonho. A anestesia voltou a fazer efeito, mas apenas parcialmente. Enquanto tinha os olhos fechados, ouvia o som metálico dos instrumentos da operação raspando contra o seu crânio, a respiração dos médicos, o próprio coração batendo devagar. Queria chorar, implorar que parassem, fazer os sons sumirem, mas estava preso em seu próprio corpo. Era como ser enterrado vivo. A única diferença era que não podia nem mesmo gritar.

Depois da agonia, veio a luz. Paz! Esta era a única palavra capaz de explicar o que sentia. Tudo parecia perfeito. Aquele foi o momento em que sua vida mudou por completo. Natanael morreu, Messias nasceu. Um novo ser no mesmo corpo.

Desenvolvo mais esta estória no meu livro Conexões. O fascínio pela possibilidade de entrar nas mentes mais estranhas só aumenta. Imagino que muitos sintam o mesmo, e por que não tentar? Escrever e imaginar são atividades que certamente só vão enriquecer a sua vida, em especial em um daqueles momentos entediantes esperando o ônibus, metro, uma outra pessoal, ou quando estamos presos no engarrafamento ou simplesmente quando a vida parece tão monótona. Outro tema que me fascina é entrar na mente de um guerrilheiro. Como ele vê a floresta/deserto/cidade ao seu redor? O que o motiva a se sacrificar, a suportar a chuva, sol, dias sem comida e esquecer completamente os mais simples confortos? Qual vontade o move, que como essa vontade se torna tão forte?

Norman Lance é escritor e oferece o curso “Escrita Criativa”.20.03.08

O que é isso?