quinta-feira, 20 de março de 2008

Extrato de um livro

“Vivemos numa era em que a tecnologia dita o modo como as pessoas vivem. Porém, a maioria não sabe como a tecnologia que soluciona os problemas do mundo é desenvolvida. E esse desconhecimento pode gerar alguns preconceitos. O trabalho do cientista não é só criar as ferramentas para um melhor amanhã, mas também mostrar em que o seu trabalho consiste.

Já há muitos anos é possível instalar no cérebro humano minúsculos eletrodos que nos ajudam a desempenhar as mais variadas funções, como prever um ataque epilético, reconstruir tecidos cerebrais danificados, comunicar-se com um computador à distância, ou mesmo desenvolver o talento artístico das pessoas. Essa é uma tecnologia que já existe! Desde 1960 eletrodos têm sido implantados em pacientes para curar certos tipos de distúrbios. É apenas o obscurantismo, a ignorância e campanhas negativas por parte da imprensa que impedem essas tecnologias de chegarem ao grande público.

Nós vivemos a era das revoluções. Em um século criamos aviões que cruzam um inteiro continente em questão de poucas horas, redes de telefone que conectam todo o globo, cruzamos a fronteira do espaço, manipulamos genes e átomos. Por que não nos voltamos agora para o centro de tudo isso, a mente humana? Por que ao invés de apenas aprimorar nossos equipamentos não refinamos também o nosso cérebro? Todos sabem que usamos apenas uma minúscula parte da nossa mente, chegou a hora de mudar essa realidade. É hora de acabar com o ceticismo, valores morais atrasados e trazer o futuro para o presente.

Há dois anos a TNA iniciou um programa com um objetivo bem claro: aperfeiçoar a técnica de implantes de eletrodos para tornar a exploração da mente possível. No passado, esse procedimento tinha várias inconveniências. Os eletrodos eram incapazes de sentir os impulsos elétricos por mais do que alguns meses devido às mudanças na pressão sangüínea, ao crescimento de tecido ao redor e morte dos neurônios que emitiam o sinal. Nós solucionamos esses problemas através de um mecanismo que permite aos eletrodos se deslocarem minimamente para achar os sinais mais fortes sem danificar o tecido cerebral.

Outro problema que solucionamos foi a energia para alimentar o eletrodo. Ao invés das cápsulas de urânio usadas nas décadas passadas, usamos uma tecnologia limpa que não oferece perigo ao usuário ou àqueles ao redor.

Nós testamos amplamente o método, e conforme será visto em breve, os resultados são satisfatórios. Ainda que inicialmente tenhamos nos concentrado no combate à depressão e ataques de violência, podemos usar a técnica para os mais diversos fins.”

Por Eugênia Constante

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